segunda-feira, 28 de novembro de 2011

“Fiel para sempre!”

(Cap. IV – Nas estradas de Jope)


Amigos, nessa postagem a poesia de Gladston Lage nos falará dos “Enlevos” amorosos entre Saulo e Abigail:

Enlevos


“Se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.”
(Rm, 8:130)


Saulo e Abigail à sombra dos pessegueiros
Traçam planos e projetam compromissos de noivado
É o lirio feminino no carinho delicado
E o atleta de Moisés nos expoentes altaneiros.

Cogitam dos caminhos de Jesiel, o irmão-cunhado,
nem notícias, nem indícios, da parte dos mensageiros.
Nem relatos, nem missivas, nem rastros dos paradeiros.
Abigail, quase contente, o coração acabrunhado.

Casar-se-ão, terão um lar, e filhos, serão felizes
Na Lei, na oração encontrarão raízes.
Saulo a esperava conquanto a desconhecesse.

Ela o servirá, sentido da nova vida.
- Eu estou realizada, pois, sou tua escolhida.
Que bom se Jesiel, liberto, me aparecesse...


A trajetória de Saulo rumo ao Evangelho, suas lutas morais e a transformação que vivenciaria ao longo das décadas subsequentes, redem tributos ao afeto que Abigal lhe consagrava.

Saulo parecia mesmo antever a cooperação espiritual que seu apostolado cristão receberia da noiva querida. Em tom quase profético, e sob as bençãos da natureza, reverenciava a jovem amada, declarando emocionado:

“Quando Deus aqui me con­duziu ao teu encontro, teus olhos me falaram, num lampejo, de sublimes revelações. És o coração do meu cérebro, a essência do meu raciocínio e serás a mão guiadora das minhas edificações, em toda a vida.”

O Evangelho seria, mais tarde, o anseio em cumum, o ideal de ambos. Talvez, por isso, tivessem o habito de repetirem um para o outro, em suas despedidas amorosas, a tocante frase:

                                   “Fiel para sempre!...”

Sim! Juntos, eles seriam fiéis à Verdade... fiéis à Jesus... fiéis ao bem da Família universal... para todo o sempre!